Cheguei à Venezuela e encontrei um país extremamente polarizado. De um lado os partidários do presidente Chaves, socialista, defendendo um novo modelo político, econômico e social para o país. No pólo oposto a oposição, chamada de direita e de defensora de um modelo capitalista de produção e de vida. A troca de acusações é intensa. Assim quando a política do Barrio Adentro foi implantada, mais do que uma política de saúde foi encarada como uma política de governo, rapidamente se rotulava qualquer um que participasse desse projeto como “chavista”. Os primeiros a participarem disso foram as missões cubanas, que se tornaram alvo de todo tipo de acusação, fundamentadas ou não, pré e pós-conceito. Fato que os pequenos erros, ou que a diferença de conduta entre médicos cubanos e venezuelanos era motivo para grandes acusações contra o Barrio Adentro e as pessoas envolvidas com o mesmo. Aqui se desenha minha implicação durante o estágio. Estando eu, comprometido ideologicamente com a construção de um sistema de saúde público e de qualidade, meus relatos no blog não poderiam ser usados como arma para atacar a construção deste sistema, por mais que achasse pouco provável que a chamada “oposição” estivesse acompanhando os relatos.
Assim, o blog tornou-se uma ferramenta para rapidamente colocar em discussão observações durante o estágio, entretanto, os filtros continuavam a existir. Sempre foi necessário adequar a escrita ao regime político vigente, ao qual eu não estava interessado de perturbar mais do que o mínimo possível, sob risco de prejudicar algo que defenderia ou de prejudicar a viabilidade de meu próprio estágio. As críticas necessárias não deixaram de ser feitas, principalmente pessoalmente, mas no diário foram amenizadas.
As transcrições das anotações no papel, às vezes quase ilegíveis até mesmo para mim, para o computador foi um trabalho difícil. Cada texto deveria ser constantemente pesado, relido e analisado para que as críticas fossem feitas de forma adequada e para que as pessoas não fossem expostas pelos textos. A preocupação ética deveria ser constante. Além disso, havia limitações operacionais. Não houve um computador integralmente à minha disposição. O acesso a internet, ou mesmo às máquinas, só era possível em lojas, na maior parte do tempo. Ou seja, este trabalho dependia que em cada cidade fosse encontrada uma loja de acesso a internet, cujo acesso do local em que estivesse hospedado não fosse muito difícil ou perigoso e cujo custo não fosse muito alto. Assim, em algumas cidades pelas quais passei as inserções eram praticamente diárias, em outras mal passaram de um ou dois textos na semana inteira.
Creio que o idioma foi outra limitação. No primeiro mês de estágio o blog foi escrito exclusivamente em português, isso com certeza limitou a participação de companheiros venezuelanos na compreensão do que estava escrito. Mais de uma vez enfrentei pedidos para que escrevesse o blog em espanhol também, mas a segurança para fazê-lo veio apenas no final do estágio. Recebi emails e comentários por outras vias, mas pelo próprio blog poucas foram as inserções de comentários. Muitas vezes pontuais ou feitas por familiares em apoio a toda a experiência.
Llegué Venezuela y encontré un país extremadamente polarizado. De un lado los partidarios de presidente Chaves, socialistas, defendiendo a un nuevo modelo político, económico y social para el país. En lado contrario, esta la llamada oposición, dicha de derecha, defensora de un modelo capitalista de la producción y de la vida. El intercambio de la acusación es intenso. Así cuando la política del Barrio Adentro fue implantada, más que una política de la salud fue hecha frente como una política del gobierno, rápidamente era llamado de “chavista” cualquier un que participara de este proyecto. Primeros a participar de esto habían sido las misiones cubanos, ésa si fue convertida en el blanco de todo el tipo de acusación, basado o no. Hecho de que los errores pequeños, o que la diferencia del comportamiento entre los doctores cubanos y venezolanos era razón de grandes acusaciones contra el Barrio Adentro y la gente implicada con igual. Aquí mi implicación se dibuja durante el período de la pasantía. Siendo comprometido ideológico con la construcción de un sistema público de la salud y de la calidad, mis historias en blog no podrían ser utilizados como arma para atacar la construcción de este sistema, mismo siendo poco probable que la llamada “oposición” seguía las historias.
Así, el blog se convirtió en una herramienta rápida a colocar comentarios del cotidiano durante el período del entrenamiento, sin embargo, los filtros continúan existiendo. Era siempre necesario ajustar la escritura al interese político, a que me no interesaron disturbar más que el mínimo posible, bajo riesgo en dañar algo que defendería o dañaría la viabilidad de mi período apropiado de la pasantía. Las críticas eran hechas, principalmente personalmente, pero en el diario habían sido aclarados para arriba.
Las transcripciones de las notaciones en el papel, a los tiempos casi ilegibles aun cuando para mí, para la computadora eran un trabajo difícil. Cada texto tendría, constantemente, ser pesado, ser releído y ser analizado de modo que los críticos fueran hechos de forma adecuada y de modo que los textos no exhibiera a la gente. La preocupación ética tendría que ser constante. Por otra parte, tenía limitaciones operacionales. No tenía integralmente una computadora a mi disposición. El acceso el Internet, o igual a las máquinas, era solamente posibles en las tiendas, la parte más grande del tiempo. Es decir, este trabajo dependió, en cada ciudad, que fue encontrado un cyber, que acceso del lugar en donde fue contenido no era muy difícil o peligroso y que coste no era muy alto. Así, en algunas ciudades donde quedé las inserciones eran prácticamente diarias, mientras tanto en otras ciudades, los textos no pasaran de uno o dos en la semana entera.
Creo que la lengua era otra limitación. En el primer mes del período del entrenamiento el blog fue escrito exclusivamente en portugués, éste con certeza limitó la participación de amigos venezolanos en la comprensión de lo que fue escrito. Más que una época que hice frente pedido de modo que también escribiera el blog en español, solamente tuve la seguridad hacerle en el final del período de la pasantía. Recibí email y los comentarios para otras maneras, pero para el blog apropiado pocas habían sido las inserciones de comentarios. Muchas veces familiares incitan o hicieron cerca a favor de toda la experiencia.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Assinar:
Postagens (Atom)